Helena Ranaldi, Patricia Gasppar, Débora Gomez,
Luciano Gatti e Rogério Romera
em
CORDEL DO AMOR SEM FIM
De Cláudia Barral
Direção Daniel Alvim
Nova temporada no Teatro Sérgio Cardoso
De 02 a 31 de outubro
Texto de Cláudia Barral retrata de forma simples e poética a “esperança e o amor”
“A esperança e a vida são duas coisas que se acabam juntas”.
“O amor é quando a gaiola tá aberta, quando a coleira tá frouxa. O amor é o de soltar, esse de prender é vaidade”.
A premiada autora Claudia Barral, que atua em diversos campos da produção literária como dramaturga, roteirista, contista e poetisa, apresenta o texto Cordel do Amor Sem Fim, uma história simples e universal capaz de ganhar a empatia do público tornando-o cúmplice das fantasias do amor, de suas inquietações, de suas lembranças e da profunda saudade da quase utópica felicidade.
O cotidiano simples de três irmãs que vivem à margem do velho rio São Francisco suscita temas como solidão, esperança, tempo, paixão, dor, destino, acaso, a força do feminino, e a eterna busca pela felicidade e pelo amor – questões presentes e relevantes desse mundo dito pós-moderno.
Em Cordel do Amor Sem Fim, o tempo não passa do mesmo jeito que o nosso. As personagens que vivem em Carinhanha, fronteira da Bahia com Minas Gerais, flertam com esse tempo, levando ao expectador a sensação de descolamento do tempo real e acelerado da vida contemporânea.
Através de personagens sutis e singelos que trazem à cena uma apaixonante simplicidade, a autora nos apresenta um universo lúdico e genuíno, característicos de sua escrita.
Partindo de uma narrativa poética e da execução de canções originais, um narrador nos apresenta uma história de amor onde, nós expectadores, percebemos a respiração, a leveza e a esperança que permeiam as relações entre três irmãs; Madalena (Helena Ranaldi), Carminha (Patricia Gasppar) e Tereza (Débora Gomez). Três distintas personalidades que se complementam, podendo ser vistas como uma só, retratando assim o feminino de forma plena e absoluta. No dia em que Tereza, a irmã mais nova ficará noiva de José (Luciano Gatti), todos são surpreendidos com a chegada de Antônio (Rogério Romera), que promete ocupar o lugar de José.
A partir desse momento as personagens vivem a expectativa da espera de um possível encontro entre José e Antônio, transformando assim a simples rotina e a vida de todos que vivem na pequena cidade de Carinhanha.
Aparentemente distante de nossa realidade e mais distante ainda de nossas referências urbanas, as personagens nos conduzem rio adentro. Vezes ingênuas e paradoxalmente grifadas em cores marcantes são completamente identificáveis por cada expectador na alegria de viver, na força da atitude, na paixão, no desejo e na saudade. De tão humanas, essas personagens parecem romper com a distância entre o urbano e o sertão, entre as águas dos rios e o solo das fronteiras do nosso Brasil.
Uma conexão da poesia e da mítica popular brasileira. Uma história familiar para muitos que passam a vida à procura de um sentido maior, para quem vive ou quer viver um grande amor e para quem se alimenta da mais fácil e não menos difícil procura, que é justamente encontrar-se no outro.
Cordel do Amor sem Fim é um suspiro de amor, um alívio para a alma do espectador, acredita o diretor Daniel Alvim. “Em tempos difíceis de polarização, o espetáculo dá ao público a oportunidade de tentarmos resgatar o tempo e os verdadeiros sentidos das relações humanas. Cordel resgata o cheiro, as cores, e a escuta do vento. Estar diante desse texto é como estar à beira de um pequeno cais à espera de uma embarcação sem motor. Uma embarcação soprada pelo vento para terra firme. Cordel do Amor sem fim é tentar encontrar o Amor, é tentar encontrar-se consigo mesmo”, esclarece.
Cordel do Amor sem Fim é o Velho Chico, uma força poética. Rio onde o curso e o tempo de suas águas jamais serão alterados. O destino da vida que segue como leito. A margem esquerda, onde o horizonte se estende rio acima e rio abaixo. O rio largo, ouro derretido nas tardes de abril e espelho nas noites claras de agosto.
Sinopse Na pacata cidade de Carinhanha, sertão baiano, às margens do rio São Francisco, vivem três irmãs – Madalena, Carminha e a jovem e sonhadora Tereza, por quem o namorado José nutre um sentimento arrebatador e possessivo. No dia em que José vai pedi-la em casamento, um encontro no porto da cidade sela o destino de Tereza: ela se apaixona por Antônio, um viajante que está de passagem pela cidade. A partir deste ponto, a trama se desenrola em função da espera de Tereza pelo retorno de Antônio. A espera contagia a todos e as personagens passam a viver na expectativa de que algo mude suas vidas.
Texto: Cláudia Barral
Direção: Daniel Alvim
Elenco: Helena Ranaldi, Patrícia Gasppar, Débora Gomez, Luciano Gatti e Rogério Romera
Trilha Sonora: Marcello Amalfi
Iluminação: Wagner Freire
Cenografia: André Cortez
Figurinos: Anne Cerutti
Caracterização: Westerley Dornellas (Camarim Brasil)
Fotos: Priscila Prade
Assessoria de Imprensa: Morente Forte
Produtores Associados: Helena Ranaldi, Daniel Alvim e Emerson Mostacco
Realização: Alvim Produções Artísticas, Arte Ranaldi Produções Artísticas e Mostacco Produções Artísticas
CORDEL DO AMOR SEM FIM
Teatro Sergio Cardoso
Sala Paschoal Carlos Magno (144 lugares)
Rua Rui Barbosa, 153. Bela Vista
Bilheteria: 3288.0136
De terça a sábado, das 14h às 19h, para vendas antecipadas. Vendas para o espetáculo do dia, das 14h até o início do espetáculo. Aceita todos os cartões.
Vendas: www.ingressorapido.com.br e 4003.1212
Quartas e Quintas às 19h
Ingressos: R$ 40
Duração: 60 minutos
Recomendação: 14 anos
Estreou dia 10 de agosto de 2019
Curta Temporada: de 02 a 31 de outubro