Gisela Sparremberger
em
De Nelson Rodrigues
Direção Caco Coelho
VALSA #6 Anuncia estreia nacional pelo país, começando por São Paulo:
Dias 24 e 25 de Abril no Teatro Opus
Espetáculo adapta a obra de Nelson Rodrigues e promove uma experiência sensorial. Com montagem de Caco Coelho e interpretação de Gisela Sparremberger, Valsa #6 passará pelos palcos de São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Porto Alegre e Novo Hamburgo
Após ter recebido um público que lotou o Instituto Ling, um dos mais belos espaços de Porto Alegre, a enorme repercussão do espetáculo Valsa #6 exigiu passos mais ousados, que resultaram em uma grande turnê pelos principais teatros do país. As primeiras apresentações ocorrem no mês de Abril: São Paulo, dias 24 e 25, no Teatro Opus; Rio de Janeiro, dia 27, no Teatro Bradesco Rio e Recife, dia 29, no Teatro RioMar Recife. Em Maio o espetáculo retorna a capital gaúcha para apresentações dias 2 e 3, no Teatro do Bourbon Country e dia 10 encerra a turnê no palco do Teatro Feevale, em Novo Hamburgo. Os ingressos já estão à venda para todas as praças.
A peça Valsa #6 é menos parecida com um monólogo do que uma máquina de escrever com uma de costura. Uma atriz individuada, múltipla, que cabe nela a cidade inteira. Ela é todo o décor. Ela está morta. Portanto, livre do atribulado cotidiano, da tortura da vida. Ela trafega na serenidade da morte. O seu tormento é a presença ainda da vida, em sopros. Obra máxima do maior poeta dramático brasileiro, Nelson Rodrigues, se considerados os aspectos da complexidade dramatúrgica do mergulho na alma do ser humano e na expressão polifônica de tantas vozes que somos e desconhecemos.
As enormes cortinas que revestem o ambiente de branco se perdem na imensidão do urdimento, causando a sensação de um espaço etéreo; o jogo de sombras e os cheiros que envolvem a todos entregam aos presentes uma verdadeira experiência sensorial onde o público é parte integrante do espetáculo. O espectador poderá ser tocado, manipulado, terá que vestir uma roupa branca (fornecida pela produção), ficando coberto da cabeça aos pés – a necessária assepsia da morte. Uma jovem pianista viveu um sonho trágico. Eis a história que você vai vivenciar.
O olhar do diretor
A maior encenação da Valsa Nº6 de todos os tempos. O principal pesquisador da obra leva aos palcos a peça síntese do maior autor dramático brasileiro. A literatura, mais especificamente, a Menipeia (soma do diálogo socrático à tradição carnavalesca) percorreu longo caminho até ser libertada em vozes polifônicas pelas mãos de Dostoiévski. No teatro, este caudaloso rio chegou aos palcos por meio de Pirandello, com a peça “Seis Personagens à Procura de um Autor”. As margens do trágico haviam se unido, e no clarão provocado por esta aproximação, o surgimento de um teatro total, ou, se quiser, das raias do absurdo.
Aqui, por estas bandas, este anúncio foi feito por Nelson Rodrigues. Manuel Bandeira dizia de Nelson: “O que me dana é que ele consegue dar vida às suas personagens”. Outra coisa dita por Bandeira, é que Nelson era o nosso maior poeta dramático. A Valsa nº 6 (aqui tratada como Valsa #6) é, talvez, o maior poema dramático de Nelson. “Em nenhum outro texto ele foi tão preciso. O mesmo uso das rubricas de Samuel Becket”, avisa José Celso Martinez Corrêa. Mais um ponto de convergência entre estes dois mestres, precursores do teatro absurdo, é o fato de olhar pelo “buraco da fechadura” para de lá extrair uma verdade essencial, somente atingida através do delírio.
O campo onde impera uma super-realidade, o perturbador terreno do sonho. Aqui, a rigidez exigida pelo vigor poético nos alça a um deslimite, onde a própria vida é superada por uma existência além do seu esgotamento. Nelson dá vida à morte, desafiando esta discordância fatal. O excesso de personagens, criticado por ele na dramaturgia em geral, é resolvido, nesta peça, por uma atriz individuada, ao mesmo tempo, múltipla, cabendo nela a cidade inteira. Em número igual a Pirandello, Nelson coloca em cena seis personagens. Estão todos lá: a menina, que se transforma em mulher, a rival, o galã, a mãe, o pai e o doutor, mutilado de guerra. Todos a serviço da invenção diversificada da vida.
“Neste momento, em que pesa sobre todos nós, brasileiros e brasileiras, uma desarmonia nunca imaginada, servimos esta Valsa. — Baila conosco!”
Caco Coelho.
O olhar do público
“A encenação é de uma beleza e de uma coragem… Aquele lugar branco e frio…as roupas vestidas pelo público, que lembram um ambiente de esterilização…a luz simples, mas certeira…a música…os cheiros, enfim…tudo nos tira do planeta e nos leva a um mundo novo…”. Eduardo Kramer – Diretor de Teatro
“Valsa #6. Um grande trabalho, rigor, precisão e emoção. Tudo perfeito, da direção genial de Caco Coelho a interpretação magnifica da Gisela Sparremberger, mais uma equipe de luz e som exemplar. O cuidado com cada detalhe, o espetáculo e nada de excesso ou histrionismo. Tudo é essencial, e na medida. Obrigado pela noite maravilhosa”. Julio Conte – Psicanalista
“Um dos espetáculos mais lindos que eu já vi na minha vida. Ainda estou muito emocionada.”. Alice Urbim – Jornalista e Produtora RBSTV
“Na quase escuridão da sala de ensaio, não tive dúvidas: Valsa nº 6 me soou como a trilha sonora da pequena morte que todos experimentamos ao transpor a pinguela da adolescência rumo à fase adulta. A dança mais linda! A dança mais linda!”. Renato Mendonça – Crítico de Teatro
“Estou muito feliz em poder participar como patrocinador de uma experiência cultural tão maravilhosa. É emocionante ver o amor, competência e a dedicação de toda a equipe, especialmente do Caco, e principalmente o talento da Gisela prendendo a atenção de todos que tiveram o privilégio de assistir ao espetáculo”. Airton Zaffari – Empresário
Texto: Nelson Rodrigues
Direção: Caco Coelho
Interpretação: Gisela Sparremberger
Concepção original: Vicente Saldanha
Participação especial: Gabriel Coelho
Participação em São Paulo: Viviane Pasmanter
Participação no Rio de Janeiro: Giulia Gam
Trilha sonora e participação ao vivo: Pedro Figueiredo
Iluminação: Guto Grecca
Figurino: Marco Tarragô
Fonoaudiologia: Lígia Motta
Acompanhamento Corporal: Christiane Casagrande
Acompanhamento Psicopedagogo: Clarissa Candiota
Identidade Visual: Jéssica Barbosa
Assessoria de Imprensa SP: Morente Forte Comunicações
Financiamento: Governo do Estado, Secretaria da Cultura, Turismo, Esporte e Lazer – Pró Cultura RS Pró-cultura RS
Patrocínio: Grupo Zaffari
VALSA #6
Teatro OPUS (751 lugares)
Avenida das Nações Unidas, 4777 – Alto de Pinheiros
Shopping Villa Lobos / 4o andar
Bilheteria: de terça a domingo, das 12h às 20h. Formas de pagamento: Amex, Aura, Diners, dinheiro, Hipercard, Mastercard, Visa e Visa Electron.
Estacionamento do Shopping: R$ 16 até 3 horas. Acesso para cadeirantes.
Somente duas apresentações:
Dias 24 e 25 de abril
Terça e Quarta, às 21h
Ingressos:
R$ 40 (balcão nobre) | R$ 60 (plateia alta) | R$ 100 (plateia baixa)
Duração: 90 minutos
Classificação: Livre
PROGRAMAÇÃO DA TURNÊ
Dia 27 de Abril – Teatro Bradesco (RJ)
Dia 29 de Abril – Teatro Riomar (REC)
Dias 02 e 03 de Maio – Teatro do Bourbon Country (POA)
Dia 10 de Maio – Teatro Feevale (NH)
Apresentações sempre às 21h.
Após cada sessão, haverá bate papo com a equipe do espetáculo.