canal teatro mf logo

O melhor do teatro está aqui

Search

PROJETO FAUZI ARAP

Sinopse

Em dezembro, o SESI-SP realiza uma clara e merecida homenagem ao grande ator, diretor e dramaturgo falecido em 2013, com participação de grandes nomes da classe teatral.

 

PROJETO FAUZI ARAP

 

O Projeto pretende tornar pública a obra deste homem do teatro, o querido mestre Fauzi Arap, um dos mais brilhantes dramaturgos e encenadores do teatro brasileiro, no aniversário de 01 ano de sua morte, em dezembro de 2014.

Para isso, serão apresentados seus últimos 02 espetáculos: Coisa de Louco, com Nilton Bicudo e Chorinho, com Denise Fraga e Cláudia Mello, além da estreia de seu último texto, A Graça do Fim, ainda inédito, com os atores Elias Andreato e Nilton Bicudo.

O evento acontecerá entre 01 e 16 de Dezembro no Teatro Popular do SESI, na Avenida Paulista. Segundas e terças, às 20h, com entrada franca.

Programação Completa

 

Dia 01/12, às 20h – Espetáculo Chorinho (2007), texto Fauzi, direção de Marcos Loureiro e Fauzi Arap, com Denise Fraga e Cláudia Mello, seguida de papo com as atrizes. (Teatro do SESI)

Dia 02 /12, às 20h – Leitura de Às Margens da Ipiranga (1988), com direção de Aimar Labaki, reunindo parte do elenco original da montagem: Umberto Magnani, Marta Mellinger, Eric Nowinski, e os convidados… Thai Perez, Fabio Azevedo, Plinio Soares, Leonardo Oliveira, Paulo Ivo, seguida de bate-papo com elenco e direção. (Espaço Mezanino)

Dia 08/12, às 20h – Leitura de Mocinhos e Bandidos (1979), com direção de Noemi Marinho, com Bruna Lombardi, Carlos Alberto Riccelli, Walderez de Barros, Amilton Monteiro, Umberto Magnani e Walter Breda (só o Breda que não fez a montagem de 79), seguida de bate papo com atores e diretora. (Teatro do SESI)

Dia 09/12, às 20h – Espetáculo Coisa de Louco (2011), texto do Fauzi, direção de Elias Andreato, com Nilton Bicudo, seguida de bate-papo com ator. (Teatro do SESI)

Dia 15/12, às 20h – Estreia do espetáculo A Graça do Fim, com direção do Elias Andreato, com Nilton Bicudo e Cleiton Santos. Esse foi o último texto escrito pelo Fauzi, em 2013, que mostra um velho doente em conversas com seu cuidador. Bastante reflexivo, com humor do Fauzi, mas falando de como ele lidava com essa ideia da morte. Após espetáculo bate papo com Nilton, Cleiton e Elias. (Espaço Mezanino)

Além da estreia, esse espetáculo fará uma temporada de 4 semanas em 2015, no Mezanino do SESI, entre 30/1 e 22/2 de sexta a domingo.

Dia 16/12, 20h – Leitura de O Mundo é um Moinho, direção de Mario Bortolotto, com Ary França, Denise Fraga, Ligia Cortez, Fabio Nassar e Rodrigo Pandolfo. Um texto precioso, que reúne as principais ideias de Fauzi sobre o teatro e sobre sua evolução da década de 60 aos anos 2000. Após a leitura haverá um debate mediado por Aimar Labaki. (Teatro do SESI)

 

Sinopses e Fichas Técnicas

 ÀS MARGENS DA IPIRANGA (1988)

Marco da dramaturgia brasileira, talvez o texto mais conhecido da obra de Fauzi. Foi estreado no Teatro de Arena, durante a ocupação Rosa dos Ventos, que durou dois anos. Era a primeira vez em que um grupo era escolhido por edital para ocupar o Arena. Dessa maneira, em plena abertura política, Fauzi ao mesmo tempo resgatava a tradição do Arena destroçado pela ditadura – por exemplo, retomando o projeto de Seminário de Dramaturgia, agora dirigido por Chico de Assis – e passou a escrever textos que refletiam sobre esse novo momento, estético e político. Assim, a ação de Às Margens da Ipiranga se passa no próprio Teatro de Arena, onde um grupo precisa apresentar Paixão de Cristo para fazer jus a uma verba de edital. A eles se juntam uma mulher que se sabe “medium” – e vê os fantasmas das personagens do Arena a andar por ali -, seu marido evangélico e tenso, um travesti e um segurança do hotel de luxo que existia ali ao lado. O teatro e a vida, o sagrado e o corpo sem o qual não se realiza, a salvação que só existe no coletivo – os temas mais importantes da dramaturgia de Fauzi Arap encontram aqui sua mais feliz expressão. Essa leitura com direção de Aimar Labaki, une atores da montagem original – Umberto Magnani, Martha Mellinger, Eric Nowinski – e outros, convidados especialmente para esse evento: Thaia Perez (atriz da primeira montagem de um texto de Fauzi, Pano de Boca em 1975, Rio de Janeiro), Plinio Soares, Paulo Ivo, Fábio Azevedo e Leonardo Oliveira.

Texto: Fauzi Arap

Direção: Aimar Labaki

Elenco: Umberto Magnani, Martha Mellinger, Eric Nowinski, Thaia Perez, Plínio Soares, Paulo Ivo, Fábio Azevedo e Leonardo Oliveira.

Trilha Sonora: Aline Meyer e Tunica Teixeira

Iluminação: Lucas Santos

Camareira: Cristiane Ferreira

Duração: 120 minutos

 

 

MOCINHOS BANDIDOS (1979)

Mocinhos Bandidos, espetáculo que estreou sob direção de Fauzi Arap no Teatro Anchieta em 1979, marcando também a estreia de Bruna Lombardi como atriz de teatro e produtora. Completam o elenco da leitura, além da própria Bruna Lombardi, os atores Carlos Alberto Riccelli, Walderez de Barros, Umberto Magnani, Amilton Monteiro e Walter Breda sob direção de Noemi Marinho.

A metalinguagem, característica de sua dramaturgia, aparece aqui num momento de paroxismo: um casal discute uma peça na qual uma mulher escreve um texto em que se misturam sua memória e sua fantasia. Real, fantasia, memória e jogo teatral se alternam, sem que se consiga com clareza discernir um de outro.

Ainda sob o regime militar, Fauzi escreve um texto onde pela primeira vez um torturador é retratado não como um monstro – mas como um ser humano. Odioso, animalesco, mas profundamente humano. Guerrilha, drogas, os limites da psicoterapia, o amor como única forma de transcendência – a peça faz um retrato acurado da época, e com isso se torna universal. A situação da classe teatral e as relações entre a experiência religiosa e outros tipos de transcendência, temas recorrentes na obra de Fauzi, também reaparecem. Mocinhos Bandidos é um golpe mortal em qualquer maniqueísmo.

Texto: Fauzi Arap

Direção: Noemi Marinho

Elenco: Bruna Lombardi, Carlos Alberto Riccelli, Walderez de Barros, Umberto Magnani, Amilton Monteiro e Walter Breda.

Trilha Sonora: Aline Meyer e Tunica Teixeira

Iluminação: Lucas Santos

Camareira: Cristiane Ferreira

Duração: 120 minutos

 

 

O MUNDO É UM MOINHO (2003)

Um grupo de teatro contemporâneo encontra um autor-diretor jurássico, da época em que Arte se escrevia com maiúscula e não rimava com indústria do entretenimento. Ao retratar o embate entre esses dois momentos antagônicos de nosso teatro, Fauzi retoma seus temas mais caros talvez da forma mais autobiográfica. Impossível não ver em Rubens um auto-retrato do autor. E em Luís, o jovem em busca de um entendimento de seu ofício, os vários atores, dramaturgos, diretores, que tinham em Fauzi um mestre – Aimar Labaki, Leo Lama, Nilton Bicudo e tantos outros. O Mundo é um Moinho é uma reflexão sobre o ofício teatral em suas mais diversas instâncias. É justamente nesse ponto que ocorre a associação da temática com a célebre canção de Cartola. O texto só teve uma montagem, no Rio de Janeiro, com Cláudio Cavalcanti e Caio Blat nos papéis principais.

Sob direção de Mario Bortolotto, a leitura conta com os atores Ary França, Denise Fraga, Ligia Cortez, Rodrigo Pandolfo e Fábio Nassar.

Texto: Fauzi Arap

Direção: Mário Bortolotto

Elenco: Ary França, Denise Fraga, Ligia Cortez Rodrigo Pandolfo e Fábio Nassar

Iluminação: Lucas Santos

Camareira: Cristiane Ferreira

Duração: 120 minutos

 

A GRAÇA DO FIM (2013)

Última peça escrita por Fauzi Arap, em novembro de 2013, fala da morte. Seu Nini, aposentado, sente a chegada da morte e o fim de seus ideais com o humor cáustico típico da “melhor idade”. Nesses últimos momentos é acompanhado por seu enfermeiro. A cumplicidade dos dois faz o fim da jornada desse homem mais graciosa. Com direção de Elias Andreato, traz no elenco Nilton Bicudo e Cleiton Santos.

Texto: Fauzi Arap

Direção: Elias Andreato

Assistência de Direção: André Acioli

Elenco: Nilton Bicudo e Cleiton Santos

Trilha Sonora: Jonatan Harold

Iluminação, Cenografia e Figurinos: Elias Andreato

Produção: Solo Entretenimento

Duração: 50 minutos

 

CHORINHO (2007)

Chorinho marca o reencontro das atrizes Denise Fraga e Cláudia Mello com o autor e diretor Fauzi Arap. Denise foi dirigida por Fauzi em A Quarta Estação, ao lado de Juca de Oliveira e Cláudia foi dirigida por Fauzi em Às Margens da Ipiranga e Adorável Desgraçada. A peça se passa em uma praça de uma grande cidade, onde duas vidas se entrelaçam graças aos encontros e conversas de uma solteirona aposentada com uma estranha moradora de rua. De um lado estão preconceitos e solidão; de outro, lucidez, loucura – e mais solidão. Com diálogos regados de humor e emoção, a peça narra, em sete momentos, a construção da inusitada amizade entre estas duas mulheres aparentemente tão diferentes.

Texto: Fauzi Arap

Direção: Fauzi Arap e Marcos Loureiro

Elenco: Denise Fraga e Cláudia Mello

Trilha Sonora: Aline Meyer e Miguel Caldas

Iluminação: Nadja Naira

Operador de luz: Lucas Santos

Operador de Som: Carlos Henrique

Camareira: Maria da Guia

Contrarregra: Cristiane Ferreira

Fotos: João Caldas

Produção: José Maria

Duração: 80 minutos

 

COISA DE LOUCO (2007)

Contemporâneo, como a visão crítica de Fauzi Arap, Coisa de Louco é uma peça em formato de palestra improvisada sobre drogas, dada por um contador revoltado num tom tragicômico. Com direção de Elias Andreato, o ator Nilton Bicudo interpreta Firmino, um contador profissional cheio de dívidas, separado e com filhos, que é convidado, em cima da hora, a dar uma palestra sobre drogas. Despreparado, ele se vê obrigado a improvisar para cumprir a tarefa. O fato de estar atravessando uma profunda crise pessoal faz com que acabe falando sobre tudo de uma forma anárquica, o que acaba resultando num depoimento extremamente rico e divertido.

Ao fim da exposição, Firmino propõe que as pessoas olhem pra dentro e percebam a essência, em vez de viverem “conectadas” o tempo todo. Mas cabe ao público avaliar a força dessa fórmula.

Texto: Fauzi Arap

Direção: Elias Andreato

Elenco: Nilton Bicudo

Assistência de Direção: André Acioli

Trilha Sonora: Aline Meyer

Iluminação: Elias Andreato

Figurino: Fabio Namatame

Fotos: Nilton Santana e Lenise Pinheiro

Produção: Solo Entretenimento

Duração: 50 minutos

 

Ficha Técnica

Idealização: Denise Fraga, Elias Andreato, Nilton Bicudo, Fábio Atui e José Maria

Curadoria: Aimar Labaki

Produção: José Maria

Assessoria de Imprensa: Morente Forte Comunicações

Um Projeto NIA TEATRO

Realização: SESI SP

 

Serviço

PROJETO FAUZI ARAP

Centro Cultural FIESP – Ruth Cardoso

Avenida Paulista, 1313 (metrô Trianon)

 

Entrada gratuita

 Reservas de ingresso online pelo site:

www.sesisp.org.br/meu-sesi

 Serão distribuídos ingressos remanescentes uma hora antes do início de cada evento, na bilheteria do teatro.

 Classificação: 12 anos

 Dias 01, 02, 08, 09, 15 e 16 de dezembro, às 20h