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A INCRIVEL VIAGEM DO QUINTAL

“Gertrude, Alice e Picasso” reúne personagens reais na Paris do entreguerras

Sinopse

Dramaturgia, escrita por Alcides Nogueira para celebrar os cinquenta anos de carreira de Nicete Bruno, volta agora com a filha da atriz, Barbra Bruno, no papel de Gertrude Stein. A montagem se inspira em encontros vividos por artistas na casa da escritora e reflete sobre os movimentos artísticos que transformaram a cultura no século XX 

Por Redação Canal Teatro MF

No filme Meia noite em Paris, de Woody Allen, acompanhamos artistas dos anos 1920 e da Belle Époque que são visitados por um personagem do século XXI. No centro dessa roda de artistas, estava a escritora e poetisa estadunidense Gertrude Stein (1874-1946). O cineasta se valeu de encontros que a artista realizava na sua casa, no período entreguerras na Europa, para criar o roteiro fantástico do filme. 

Em sua autobiografia, escrita pela escritora e companheira Alice B. Toklas, é possível entender o tamanho desses encontros quando ela faz referência ao excesso dessas reuniões com artistas e intelectuais: “Todos traziam acompanhantes, vinham a qualquer hora e isso começou a ser um incômodo. Assim começavam as noites de sábado”. Esse “todos” ao qual ela se refere eram nomes como Ernest Hemingway, F. Scott Fitzgerald, Ezra Pound, Henri Matisse e Pablo Picasso

Patrícia Vilela e Bárbara Bruno em Gertrude, Alice e Picasso. Foto Ronaldo Gutierrez

O pintor espanhol e a escritora estadunidense traçaram uma relação profunda de cumplicidade artística em Paris. Picasso (1881-1973) chegou a realizar um retrato da escritora, que segundo a própria relatou, chegou a posar noventa vezes para o artista. Para retribuir a homenagem do amigo, ela criou o poema “If I told him” (“Se eu contasse”).

Essa amizade e a efervescência cultural serviram de inspiração para que o dramaturgo Alcides Nogueira escrevesse em 1996 uma dramaturgia a pedido da atriz Nicete Bruno para celebrar seus 50 anos de carreira. Agora o espetáculo, “Gertrude, Alice e Picasso”, volta em cartaz no MI Teatro, em São Paulo, com a filha da atriz, Bárbara Bruno, também celebrando os seus 50 anos de profissão. A trama reúne além da personagem de Stein, o pintor Pablo Picasso, interpretado por Joca Andreazza, e a escritora Alice B. Toklas (1877-1967), vivida por Patrícia Vilela

Joca Andreazza e Bárbara Bruno em Gertrude, Alice e Picasso. Foto Ronaldo Gutierrez

A montagem, com concepção original de Bárbara Bruno e Paulo Goulart Filho e direção de Vanessa Goulartt, não só celebra os laços afetivos entre essas personalidades históricas como também convida o público a refletir sobre os movimentos artísticos que transformaram a cultura no século XX e sobre acontecimentos da atualidade. Com isso quer reforçar a importância de preservar memórias e explorar a complexidade das relações humanas.

Serviço

Gertrude, Alice e Picasso

MI Teatro. Rua Pamplona, 310

Sextas e sábados, 20h. R$ 80

Até 5 de abril (estreou 7 de fevereiro)

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Ficha Técnica

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Serviço

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