A INCRIVEL VIAGEM DO QUINTAL

O melhor do teatro está aqui

A FEIA LULU

Sinopse

Fause Haten

 em

 A FEIA LULU

 Atriz convidada Olivia Martins

Uma obra de Fábio Retti, Fause Haten, Gregory Slivar, Francisco Carlos, Marina Caron e Ondina Clais Castilho

  Sábados e domingos no Espaço FH

 

A Feia Lulu – uma experiência

O espectador passa por uma fachada discreta numa rua em Pinheiros.

Entra numa loja de moda.

Um universo normalmente para poucos agora aberto ao público.

Ali pode observar obras… roupas construídas uma a uma por um arquiteto/estilista, um escultor, um artista.

Instalações sonoras, video instalações.

Um perfume dos anos 60 e 70 sendo jogado no ar.

Paris, Omã, Marrakesh, São Paulo.

O estilista está lá dentro, no atelier.

As maquinas correm para acabar os últimos modelos.

O público aguarda para adentrar ao salão principal e encontrá-lo pessoalmente.

Quando entram ele está lá.

Com um terno negro risca de giz, gravata borboleta azul marinho, ele recebe a todos com gentileza e elegância.

Aguarda que todos se acomodem.

Começou!

A Feia Lulu é uma obra que pesquisa várias linguagens, mas não pretende se enquadrar em nenhuma delas.

É uma peça de teatro, mas surgiu de um ciclo de performances.

É encenada em um teatro, mas tem o desejo de ser pendurada em uma parede como um quadro, uma obra.

Tem um formato de caixa, para poder ser levado a qualquer lugar.

O pequeno palco de Yves na casa da família em Orã.

Ocupa o espaço sacro de um teatro, mas coloca o público  no palco e deixa a plateia vazia.

Conta a vida de um estilista, mas qual seria este estilista? Somos todos.

Tem no grupo de criadores, estilistas que atuam, iluminadores que dirigem, bailarinas que moldam dramaturgia, músicos que criam cenas e dramaturgos que fazem trilha.

Uma obra onde o desafio à transdiciplinaridade é a força motora.

“La Vilaine Lulu” é uma personagem de quadrinhos, criada por Yves Saint Laurent a partir de 1953 e publicado em 1967. Lulu é um nome que une a primeira sílaba do nome de sua mãe Luciene e de Lúcifer. A palavra “Vilaine” pode ser traduzida como desagradável, feia, má, arteira, malandra, desobediente, levada ou vil. A Feia Lulu é a filha da mãe e do diabo.

Ela é a possibilidade de viver a liberdade inconsequente de uma menina de 4 anos de idade. Ela é a vingança e a redenção. Ela é a dor transformada em obra artística. Ela é a salvação!

A FEIA LULU é uma baixinha, atarracada e gorducha, que poderia ser facilmente uma criança vítima de “bulling”. Ela teria tudo para ser uma menina solitária, retraída e infeliz. Mas Lulu tem uma auto estima invejável. Um domínio completo de uso do seu corpo e de sua sedução. Uma sabedoria em jamais se trair, custe o que custar… literalmente.

Se ela fosse analisada como uma adulta poderia ser chamada de maléfica, demoníaca ou sádica. Mas ela é apenas uma criança de 4 anos de idade que age com seus instintos. Se ela quer algo que ela não tem, ela apenas vai ali e pega.

Se ela quer se divertir, ela pode envenenar suas amigas. Se ela tiver uma rival no amor, ela pode, por exemplo, queimá-la viva.

Lulu é um desenho animado e ali naquele mundo, a morte e a perversidade tem outros pesos e medidas. Ela desconhece regras e proibições. No mundo da Feia Lulu, tudo é muito simples e fácil.

Yves Saint Laurent é um dos nomes mais conhecidos do século XX. Sua atuação na moda e na sociedade ultrapassou limites e deixou marcas no modo de vida contemporâneo. Mas pouco se sabe desse artista sobre o caminho por ele percorrido para escrever essas páginas da história.

Pierre Bergé foi seu companheiro e o grande articulador/construtor desse império. Ele é o grande responsável por permitir que esse artista fizesse seus vôos criativos com segurança.

Fause Haten é um artista conhecido na moda brasileira que vem transpondo as barreiras e os limites disciplinares de seu universo.

Fábio Retti é iluminador de teatro.

Não, Fábio é um artista. Tem uma percepção de cena muito clara. Observa a dramaturgia com um olhar muito delicado e perspicaz.

Eu o conheci praticamente no dia em que trabalhamos pela primeira vez. Ele fez comigo uma longa entrevista e me mandou para o palco.

Com muita tranquilidade ele me dirigiu e chegamos já nesse início a um lindo resultado.

 

Gregory Slivar é músico e um mago dos instrumentos. Admirador do seu trabalho nos palcos já havia tido oportunidade de trabalhar com ele na “Fábrica do Dr. F.” Meu trabalho com ele foi apenas me deixar ser levado pelas suas palavras e notas. Esse caminho era certo e eu não tinha dúvidas disso. Greg, é aquilo que eu gostaria de ser se eu fosse músico.

Francisco Carlos foi uma grande descoberta. Descobrir suas palavras, seu teatro, sua mente fervilhante. Tivemos meses intensos de pesquisa, improviso e ensaio. Francisco sempre me dizia que ainda ia escrever o texto. Um dia recebi um texto deslumbrante de mais de 18 páginas. Eu fui lendo, me apaixonando por aquelas palavras e pensei…mas isso é praticamente uma peça nova. O que eu faço agora? E mais ensaios e improvisos sintetizaram aquelas palavras e fizeram com que se encaixasse na dramaturgia existente.

Marina Caron é uma artista que eu admirava nos palcos e se tornou uma querida amiga. Eu queria ter sido bailarino, mas não fiz isso na adolescência e agora talvez fosse tarde demais pra moldar o corpo. No entanto, me entrego a Marina e ela me faz dançar. Simples assim. Por outros caminhos, outras dimensões. Marina tem um olhar artístico que considera, que nos considera e isso é o que mais me interessa

Olivia Martins é um vulcão. É uma artista sem limites. Ela tudo pode. Nos acompanhamos desde o tempo da escola de teatro, mesmo que no início não fossemos amigos e tenho certeza que vamos nos acompanhar ainda por muito tempo. Sempre planejamos estar juntos no palco e estamos realizando isso graças a sua disponibilidade e determinação.

Ondina Clais Castilho foi modelo, mas era “muita areia pro meu caminhão”. Eu estava engatinhando na moda. Nos conhecemos anos mais tarde na escola de teatro e ela já era um atriz e professora cultuada. Nunca tive aula com ela, mas nos encontrávamos nos corredores. Cada encontro que tivemos aqui nesse processo era esperado por mim com ansiedade.

Por Fause Haten:

“Primeiro surge meu desejo de contar a história de Yves Saint Laurent e de Pierre Bergé, de falar sobre essa história de amor.

Comecei a ler sobre o casal. Eu conhecia os feitos de Yves na moda, mas a sua vida pessoal e a sua relação com Pierre, foi me fascinando.

Me identifiquei com aqueles sentimentos, com aquelas dores e passou a ser vital para mim, falar sobre esses dois.

Durante minha pesquisa descubro essa personagem criada por Yves, A Feia Lulu e percebo a sua força.

A Feia Lulu é uma obra que fala de artistas e de pessoas comuns.

Fala sobre fazer escolhas movidas pela alma. Sobre conquistar um equilíbrio entre a razão e a emoção. Sobre viver num mundo perfeito e mesmo assim ser infeliz.

Yves Saint Laurent sofria de dores profundas. Como poderia ser tão infeliz em um mundo tão perfeito?

Mas sua cria, A Feia Lulu tem a auto estima elevadíssima é segura e nunca trai a si mesma…custe o que custar. Mesmo que seus métodos sejam discutíveis, não podemos negar que todos nós gostaríamos de ser a Lulu.

Por isso eu digo…

Mas se um dia eu estivesse num palco e pudesse falar, eu me cobriria de ouro e diria:  – meu nome é Lulu, A Feia Lulu.

A Feia Lulu é a possibilidade de viver a liberdade inconsequente de uma menina de 4 anos de idade. Ela é a vingança e a redenção. Ela é a dor transformada em obra artística. A Feia Lulu é a salvação!

Essa jornada começou em setembro de 2013. Como um organismo vivo o trabalho foi tomando forma e se tornou um projeto de criação coletiva e todas as decisões divididas igualmente entre todos.

Um trabalho é sempre uma escolha e muitas vezes com tantos e tão talentosos criadores, as possibilidades criativas e de caminhos se multiplicam ao infinito.

As escolhas foram feitas, o grupo sintetizou e o trabalho nasceu.

A Feia Lulu é uma criação coletiva de Fábio Retti, Fause Haten, Francisco Carlos , Gregory Slivar, Ondina Clais Castilho e Marina Caron onde todos esses criadores ultrapassaram seus limites disciplinares e criaram, dirigiram, iluminaram , sonorizaram, escreveram e desenharam a partir do meu sonho de falar sobre Yves e Pierre.

É impossível não citar a generosidade de um artista, que se coloca a disposição de um outro e embarca em sua jornada rumo a uma obra.

Só posso agradecer profundamente a todos os artistas e criadores envolvidos em todas as fases desse projeto por todo o carinho e empenho.

Que consigamos todos, sempre, manter vivos nossos desejos de criança, de quando tínhamos 4 anos de idade!”

 

Ficha Técnica

Uma obra de: Fábio Retti, Fause Haten, Gregory Slivar, Francisco Carlos, Marina Caron e Ondina Clais Castilho

Atriz convidada: Olivia Martins

Direção de arte do material gráfico: Paulo Cabral

Captação de imagens e vídeo: Halei Rembrandt

Produtora Executiva: Francine Storino

Assessoria Financeira: Ana Paula Abe

Assessoria de imprensa: Morente Forte

Patrocínio: Cadeiras: Empório Tifanny | Tecidos: Tecidos Cássia Nahas | Manequim: Propavit

Fause Haten veste FH por Fause Haten

www.fausehaten.com.br

www.afeialulu.com.br

Serviço

A FEIA LULU

Espaço FH (50 lugares)

Rua Francisco Leitão, 134 – Pinheiros.

Informações e Reservas: 3062.2240

Bilheteria: de segunda a sexta das 9h às 17h; sábado e domingo uma hora antes do início.

Aceita cartão de débito e crédito: Visa, Máster ou Dinners ou dinheiro

Cliente Porto Seguro tem 50 % de desconto

Sábados às 21h | Domingos às 19h

 Ingressos: R$ 40

Duração: 70 minutos

Recomendação: 14 anos

 

Reestreou dia 12 de outubro

 Temporada: até 30 de novembro

 

A INCRIVEL VIAGEM DO QUINTAL