SUEÑO

Santiago, Chile. 1973. Um grupo de teatro ensaia , de William Shakespeare. No entanto, um casal de atores militantes da companhia foge do país e é separado pela ditadura de então. Ela, grávida. Vine, o marido, resolve não descansar até reencontrar sua família. No exílio, ele sonha com a peça não realizada e a possibilidade de encenar, por meio do texto shakespeariano, uma América Latina que precisa reaprender a sonhar com liberdade e independência. Já na década de 1990, depois da derrocada da ditadura, Vine retorna ao Chile para tentar montar a peça novamente, reencontro que mostra os ecos do autoritarismo. É essa a narrativa que ganha o palco do Itaú Cultural (IC) de a : destaca o interesse da Heroica Companhia Cênica de explorar temas da história-memória, com um olhar crítico sobre a construção da “des-identidade” latino-americana e sobre as raízes da desigualdade social que segue assolando o continente.