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A sombra do humano na encenação de KIEV

Kiev por Patricia Morales Bertucci

KIEV (2017) está em cartaz no Sesc Ipiranga e marca o centenário da Revolução Russa, com direção, cenografia e iluminação de Roberto Alvim e o grande elenco do Club Noir: Juliana Galdino, Marat Descartes, Otávio Martins, Filipe Ribeiro, Taynã Marquezone e Caio Daguilar. O texto foi escrito pelo dramaturgo uruguaio Sergio Blanco, publicado em 2004, e se trata de uma releitura contemporânea da peça “O Jardim das Cerejeiras”, do escritor e dramaturgo russo Anton Tchekhov.

O espetáculo propõe uma reflexão sobre o sistema totalitário instaurado durante a União Soviética. O eixo principal é a história de uma família que volta à Rússia após a queda do regime e encontra sua antiga casa prestes a ser demolida para transformar-se no estacionamento de um Shopping Center. O lar da família de um militar de alto escalão foi utilizado pelo Estado como uma base de tortura. A casa permaneceu intacta, com o mesmo jogo de chá decorado com cerejas, o mesmo enxoval das crianças e a piscina repleta de cadáveres de presos políticos. Mesmo assim, a casa não pode resistir ao tempo, ela foi condenada a se tornar o maior ícone do capitalismo, um shopping center com plantas artificiais. O que texto representa não apenas o fracasso do regime, mas de uma ideologia que perdeu seus laços com a sua essência, o humanismo, termo que se baseia nos interesses, potencialidades e faculdades do ser humano, sublinhado na sua capacidade para a criação e transformação da realidade natural e social.

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