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Festival Internacional de Teatro de São José do Rio Preto abre com o espetáculo “Fênix – Onde nascem os sonhos”

Sinopse

Durante dez dias, serão exibidas 70 apresentações e outras 24 atividades, com destaque para produções de quatro países

Por Ubiratan Brasil

A memória e a ancestralidade inspiram o Festival Internacional de Teatro de São José do Rio Preto (FIT Rio Preto), que começa nesta quinta-feira, 18, com o espetáculo Fênix – Onde nascem os sonhos, com integrantes do Rio e de São Paulo. Serão dez dias de festival, em diversos locais da cidade, com 70 apresentações e mais 24 atividades [per]formativas. No total, são 37 espetáculos programados, entre produções nacionais vindas de 10 estados brasileiros e de mais quatro países (Bélgica, Colômbia, França e Itália). Além disso, o Graneleiro volta a ocupar as noites no Complexo Swift de Educação e Cultura com mais de 40 atrações. A programação completa está disponível no site: www.fitriopreto.com.br.

Vencedor do Prêmio APCA 2023 de melhor direção musical, Fênix – Onde nascem os sonhos transmite a esperança de corpos periféricos em busca da felicidade. Segundo Kelson Barros, que assina a direção geral e artística, Fênix materializa a tentativa da Clarin Cia de Dança em conceber uma obra periférica que tratasse apenas do tema felicidade. Com 14 dançarinos das comunidades do Rio de Janeiro e de São Paulo, o objetivo se tornou um grande desafio para o coletivo de dança, que sempre tratou de questões urgentes da sociedade brasileira em suas montagens, sobretudo as que afetam pessoas da periferia.

Cena do espetáculo Fênix – Onde nascem os sonhos. Foto Sergio Fernandes

O primeiro final de semana de evento está marcado por 21 apresentações de 14 espetáculos: Bom dia, eternidade (O Bonde – São Paulo/SP), Banho de Sol (Zula Cia de Teatro – Belo Horizonte/MG), Meu corpo está aqui (Fábrica de Eventos – Rio de Janeiro/RJ), Pérsia (Grupo Sobrevento – São Paulo/SP), Frankinh@ – Uma história em pedacinhos (Projeto Gompa – Porto Alegre/RS), Naquele Bairro Encantado – Ensaio para uma serenata (Teatro Público – Belo Horizonte/MG), Tchau, amor (Inquieta Cia – Fortaleza/CE), Dois Cafés por uma Memória (Geovanna Leite – São José do Rio Preto/SP), O ventre do traviarcado (Gaia do Brasil – São José do Rio Preto/SP), Azira’i (Sarau Agência e Zahy Tentehar – Rio de Janeiro/RJ), Maria Auxiliadora (Cia d’Os Inventivos – São Paulo/SP), Memórias de Machadinho (Cia Bardos de Teatro – São José do Rio Preto/SP), Parahyba Rio Mulher (João Pessoa/PB) e Os Quatro Cantos de Elpídio (Cia Navega Jangada – Santo André/SP).

Questões como combate ao racismo, reflexões críticas, dor, desejo, esperança, afeto e muitas outras são tratadas em cada um dos espetáculos. Dentre as pautas urgentes abordadas no FIT, o curta-metragem O ventre do traviarcado (Gaia do Brasil – São José do Rio Preto/SP) resgata histórias da comunidade trans e travesti entre os anos 1970 e 1990, sob o olhar de um grupo de artistas também trans e travestis, dirigido por Maria Clara Ferré dos Santos, e tem duas exibições gratuitas: dia 21/7, às 21h, na sala de múltiplo uso do Sesc, e dia 26, a partir das 23h, no Graneleiro.

Cena do espetáculo Brás Cubas. Foto Mauro Kury

O espetáculo Meu corpo está aqui, da Fábrica de Eventos, propõe uma reflexão coletiva sobre o direito à visibilidade de pessoas com deficiência que ultrapasse as limitações e que considere a sexualidade e os afetos. O espetáculo, idealizado, escrito e dirigido por Julia Spadaccini, terá duas apresentações no festival: dia 19 de julho, às 19h, e 20 de julho, às 15h, no teatro do Sesc.

Das atrações internacionais ao longo da semana, todas inéditas no Brasil e de diferentes vertentes teatrais, destacam-se Ayni – Trilogía de los días sin tiempo, da colombiana Fundación Cultural Ojo de Agua, e R.OSA – 10 exercises for new virtuosities, da companhia italiana Silvia Gribaudi Performing Arts, são apresentadas nos dias 23 e 24 de julho; já o espetáculo belga Reclaim, do Théâtre d’Un Jour, e a peça francesa Les Héroïdes, da Cie BrutaFlor, tomam os palcos nos dias 26 e 27.

Entre as produções nacionais, Brás Cubas, da Armazém Companhia de Teatro, uma das mais importantes trupes cênicas do Brasil. Inspirada na clássica obra Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, a peça não se enquadra com uma adaptação convencional. Isso porque o próprio Machado surge como personagem. “A peça tem uma certa vinculação com o sonho. A gente constrói essa história como se estivéssemos dentro da casa do Machado, acompanhando a sua criação. E o ponto central da nossa adaptação é o delírio que o personagem do Brás tem momentos antes de sua morte”, observa o diretor Paulo de Moraes.

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Ficha Técnica

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Serviço

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