Banco do Brasil
apresenta
Giovani Tozi, Magali Biff e Paulo Goulart Filho
em
De Mauricio Guilherme
Direção Neyde Veneziano
Quarta, quinta e sexta, às 20h, no CCBB
História de suspense inédita escrita por Mauricio Guilherme traz o Teatro de Revista como pano de fundo para desenrolar uma trama cercada de mistérios
A personagem central de As Luzes do Ocaso é Lanuza Mayer. Astuta, deslumbrante e fatal mulher, a antiga vedete teve seus tempos áureos no Teatro de Revista e vive hoje isolada num casarão, numa encosta litorânea no sul do país. Ninguém nunca mais ouviu falar dela. Alguns dizem que a estrela saiu de cena por não aceitar a própria decrepitude, mas na verdade não há quem conheça ao certo suas motivações. Lanuza é uma mulher cheia de segredos e escândalos do passado que vive cercada por um mundo fantasioso, criado por ela mesma, através de objetos, adereços e figurinos de cena.
Magali Biff será a personificação das histórias, lendas e polêmicas que giraram em torno do universo do Teatro de Revista, especialmente da vida das vedetes.
Magali será Eloína, Virginia Lane, Íris Bruzzi, Marly Marley Carmem Verônica e tantas outras vedetes que fazem parte da nossa história, sem ser na realidade nenhuma delas especificamente. Trata-se de uma compilação irreal a serviço da construção de uma personagem perfeitamente possível em seu universo delirante.
Além das vedetes, Biff terá como inspiração as grandes estrelas do cinema das décadas de 40 e 50 como as inesquecíveis protagonistas Bette Davis, Joan Crawford, Rita Hayworth, Gloria Swanson, Ava Gardner e Greta Garbo. “Uma experiência maravilhosa e um desafio incrível poder fazer um personagem tão diferente de tudo o que já fiz na minha carreira. Um espetáculo muito desafiador e uma singela homenagem a todas as vedetes.”, declara a atriz.
Giovani Tozi e Paulo Goulart Filho completam o elenco. Os atores vão se revelando aos poucos para a plateia. Tozi interpreta um jovem escritor que num encontro improvável vê-se de frente da grande estrela Lanuza. Goulart, um homem misterioso que vive com ela no casarão. Todas as pistas vão sendo oferecidas aos espectadores em pequenas doses, mas com elas, incertezas e desconfianças prometem trazer grandes surpresas.
Para uma história orquestrada com esse tema, a maestrina só poderia ser Neyde Veneziano. A diretora, que tem cinco livros publicados sobre o Teatro de Revista, tem papel indispensável também nas abordagens históricas do texto. A diretora comenta:“É uma história de suspense. Tem um toque de Teatro de Revista, afinal Lanuza se lembra do passado que viveu como vedete. Mas também tem o expressionismo, pois o texto traz acontecimentos que podem ser verdade ou mentira, sonho ou pesadelo. Tenho buscado uns toques de Almodóvar, acho que dialoga muito com esse universo das vedetes aliado ao suspense.” Mesmo sendo Lanuza uma figura hipotética, o texto traz dados históricos e curiosidades sobre essa importante página do Teatro Brasileiro.
Falar sobre envelhecimento é um assunto que será sempre delicado pela impotência do ser humano em relação ao correr do tempo. Nos dias de hoje, onde o domínio da tecnologia é extremo, é difícil aceitar que envelhecemos, que o relógio corre independente de nossa vontade. A montagem de As Luzes do Ocaso se apropria desse sentimento dar início a historia: o artista. Como é envelhecer nos tempos atuais, sendo uma atriz que construiu sua carreira agregada à beleza e à sensualidade? Lanuza Mayer é o retrato possível de tantas figuras ilustres da história de nosso teatro.
Olhando para nosso passado, enxergamos num gênero não muito distante o material perfeito para ambientar e interagir com a história: O Teatro de Revista. Grande mobilizadora de um período, a Revista foi definitiva para o início do movimento de um teatro genuinamente brasileiro. Foi através desse movimento que grandes nomes surgiram e foi com esses artistas que muitos fizeram escola. São várias as biografias dessas grandes estrelas. Algumas tiveram sua ascensão nesse período e depois morreram esquecidas. Outras conseguiram permanecer e se reinventar como artistas. A grande riqueza material dessas histórias foi tema de pesquisa da diretora Neyde Veneziano que, junto do espetáculo, lança seu primeiro projeto no cinema: o documentário Mamãe, Quero ser Vedete.
O ator Giovani Tozi, que também é produtor e idealizador do projeto, teve a ideia de transpor os limites do palco e usar As Luzes do Ocaso para fomentar outras atividades ligadas ao tema do espetáculo. Trazendo o público para um tipo de interação mais próxima e participativa. Pensando em algo que colabore efetivamente na formação de público e na mediação com a plateia, nasceram as atividades integradas:
Exibição do Documentário Mamãe, Quero Ser Vedete: O CCBB São Paulo abre as portas do Cinema para a pré-estreia deste documentário que traça um panorama da intimidade pessoal e profissional das grandes divas do Teatro de Revista em depoimentos emocionantes. Antes das sessões haverá um bate-papo para conduzir o espectador ao universo abordado pela diretora.
Debates ao fim do espetáculo: Em três encontros, atores, diretora e autor conduziram uma conversa sobre dramaturgia, Teatro de Revista e construção do Personagem no palco do CCBB.
O espetáculo As Luzes do Ocaso nasce amparado por dois indispensáveis canais de cultura no país. O Prêmio Zé Renato, que viabilizou a montagem e o Centro Cultural Banco do Brasil, que cede o palco nessa primeira temporada.
TEXTO: Mauricio Guilherme
DIREÇÃO: Neyde Veneziano
ASSISTENTE DE DIREÇÃO: Fabíola Moraes
ELENCO: Giovani Tozi, Magali Biff e Paulo Goulart Filho
CENÁRIO E FIGURINO: Cássio Brasil
TRILHA SONORA: Ricardo Severo
LUZ: Wagner Antônio
COREOGRAFO e STAND-IN: Fernando Rocha
PREPARAÇÃO VOCAL: Carol Bezerra
FOTOGRAFIA: Priscila Prade
ARTE GRÁFICA: Giovani Tozi
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA: Carlos Gustavo Poggio
PRODUÇÃO EXECUTIVA: Keila Megda Blaske
ASSISTENTE DE PRODUÇÃO: Tayná Caldas
VÍDEO: Matheus Luz
VISAGISMO Carlos Henrique: Wanderley Nunes (Studio W)
VISAGISMO Lanuza: Ronalda Bi (Agência First)
ASSESSORIA JURÍDICA: Martha Macruz De Sá
ASSESSORIA DE IMPRENSA: Morente Forte
APOIO: Centro Cultural Banco do Brasil, Poiesis e Oficina Cultura Oswald de Andrade
IDEALIZAÇÃO e PRODUÇÃO: Giovani Tozi
REALIZAÇÃO: Cora Produções Artísticas , Prêmio Zé Renato, Secretaria Municipal de Cultura e Banco do Brasil
AS LUZES DO OCASO
Centro Cultural Banco do Brasil (130 lugares)
Rua Álvares Penteado, 112. Centro
3113.3651 / 3113.3652
www.bb.com.br/cultura – www.twitter.com/ccbb_sp – www.facebook.com/ccbbsp
Acessos: Estações Sé e São Bento do Metrô. Praças do Patriarca e da Sé.
Acesso e facilidades para pessoas com deficiência física / Ar-condicionado / Loja / Café Cafezal
Estacionamento: Estapar Estacionamento – Rua Santo Amaro, 272 – (R$ 15 pelo período de cinco horas. Necessário carimbar tíquete na bilheteria do CCBB – Van faz o traslado gratuito no trajeto estacionamento – CCBB. Na volta, parada no Metrô República antes do estacionamento.
Quarta, Quinta e Sexta às 20h
Ingressos:
R$ 20 e 10 (meia)
Funcionamento da bilheteria: das 9 às 21h, de quarta a segunda
Ingresso pela Internet: www.ingressorapido.com.br
Duração: 75 minutos
Recomendação: 14 anos
Estreou dia 10 de Agosto de 2016
Temporada: até 07 de outubro