Teatro de Perto
apresenta
A QUEDA
Texto e atuação Marcello Airoldi
Direção Nelson Baskerville
Terças às 21h no Espaço dos Parlapatões
O que um homem pode fazer quando tudo que é seu está partindo?
Fundado em 2007, o Teatro de Perto tem como principal objetivo montar espetáculos baseados essencialmente no trabalho de interpretação do ator lançando mão, principalmente, de textos novos criados especialmente para esse vasculho. Outra característica é a eliminação de grande parte da cenografia, priorizando assim o jogo entre o ator e o público. O nome Teatro de Perto foi escolhido porque olha e quer ver os olhos, os do público e os do próprio ator.
Depois dos espetáculos Café com Torradas, de Gero Camilo, que estreou em 2006, no Teatro Julia Bergman em SP, e Um Segundo e Meio, de Marcello Airoldi, que estreou em 2008, no Sesc Consolação, O Teatro de Perto apresenta seu novo projeto de criação com a montagem do espetáculo A Queda, texto também de Airoldi. Trata-se, portanto, do terceiro espetáculo do projeto Trilogia Intima do Teatro de Perto, composto de pesquisa e criação de 03 solos reunindo temáticas que apontam aspectos muito íntimos do ser, tocando em segredos de espírito e simbologias que a partir do particular e individual, refletem no coletivo, no social. Nesta jornada vertical, digamos assim, a queda provoca o personagem e o publico a refletirem sobre preconceitos e machismo, misturando esses temas com questões ancestrais, como a busca e questionamentos sobre religiosidade e Deus.
Autor também dos textos Um Segundo e Meio, A Casa do Gaspar ou Káspar Hauser, o órfão da Europa, e o infantil Mequetrefe Sorrateiro (Ganhador como Autor Revelação no Prêmio São Paulo de Incentivo ao Teatro Infantil e Jovem), Airoldi afirma que “A Queda é a trajetória de um homem simples que precisa se desfazer de tudo que não serve mais. No fundo ele está à procura de um novo ser, em busca de renovação. A peça lembra a importância da arte como ferramenta de reflexão e comunicação entre os homens. A arte torna possível ao homem se reelaborar e evoluir”.
Um homem está numa queda livre e convida a plateia a presenciar este acontecimento. Neste percurso sua única companhia, além do público, é um pássaro que tem a função de arrancar seus membros, vísceras e memória, à medida que se aprofunda na queda. Antes de perder tudo o que possui, ou tudo o que seu corpo e espírito carregam, o homem tenta elaborar os significados deste “milagre”, despedindo-se de tudo o que compõe a sua história. Seu corpo, sensações, sentimentos, religião, conceitos, começam a desaparecer.
Enquanto cai, este homem se aprofunda cada vez mais em si mesmo, num mergulho seminal que o faz rever desde os princípios que o capacitaram para a vida social, até suas origens míticas, numa espécie de reação em cadeia invertida, que caminha do expandido para o mais intimo e sutil, lhe devolvendo o encanto de lembrar-se de si e de sua civilização.
O diretor Nelson Baskerville questiona: “É o homem que está caindo ou ele está parado vendo a queda da própria plateia? O importante é que nesse movimento intenso de queda, o homem assume as rédeas da sua vida e revê, ponto a ponto, todos os acontecimentos passados ou futuros. Marcello Airoldi estará sozinho no palco. Um homem só. Num palco. Nos fazendo perceber que somos sós ao nascer e sós ao morrer, criando uma vertigem na plateia, que se verá obrigada a montar/editar o enorme quebra-cabeça que estará à sua frente. A vertigem do homem é de uma lucidez absurda. Teatro para levarmos para casa e refletirmos sobre vida-amor-e-morte,” afirma.
Sobre Marcello Airoldi Ator, autor, diretor e professor de teatro. Participou de diversas novelas e seriados, como Viver a Vida, A Vida da Gente, Geração Brasil, Salve Jorge, Malhação, Sol Nascente, Deus Salve o Rei, Psi, Vizinhos, entre outros. No cinema recebeu o premio de melhor ator coadjuvante no Los Angeles Brazilian Film Festival, pelo trabalho em Onde está a felicidade?. Trabalhou em filmes como Flores Raras, Amor em Sampa, S.O.S. mulheres ao mar, Do lado de fora, Pequeno Dicionário Amoroso 2, entre outros. No teatro recebeu o premio Arte Qualidade Brasil de melhor ator de comédia pela peça Intocáveis. Atuou em peças como Bodas de Sangue, Os Penetras, Pessoas Absurdas, Oui Clos – entre quatro paredes, Um segundo e meio, Não Vamos Pagar, entre outras. Recebeu no premio de autor revelação no Premio São Paulo de Incentivo ao Teatro Infantil e Jovem pela peça Mequetrefe Sorrateiro.
Sobre Nelson Baskerville Ator, diretor e autor teatral além de artista plástico. Diretor-criador da Antikatártika Teatral & Cia Mungunzá de Teatro, dirigiu em 2007 o grupo do Teatro Oficina na peça “Dublin Carol” (Cântico de Natal), de Conor McPherson, em Guimarães (Portugal) onde também fez sua primeira e única exposição. Em 2006 e 2007 esteve em cartaz como ator e adaptador no espetáculo “Quando Nietzsche Chorou” de Irving Yalon. Dirigiu os projetos da AntiKatártiKa, “Camino Real” de Tennessee Williams e “17 X Nelson – o Inferno de todos nós” que esteve 3 anos em cartaz em diversos teatros da cidade. Em 2008, adaptou e dirigiu “Por que a Criança cozinha na Polenta” de Agaja Veteranyi, com a Cia Mungunzá de Teatro (40 prêmios em 12 festivais pelo Brasil incluindo melhor direção, adaptação, trilha sonora). Em 2010/11 cria e dirige “Luiz Antonio- Gabriela”- espetáculo autobiográfico com a Cia Mungunzá que recebe o prêmio Shell 2011 de melhor diretor. Nos últimos anos dirigiu inúmeros espetáculos, entre eles, “As estrelas cadentes do meu céu são feitas de bombas do inimigo” (2013), “Eigengrau – no escuro“ (2017 – recebendo nova indicação ao premio Shell de direção), “O rio” (Sesc Anchieta – 2018), “Os 3 mundos” (Centro Cultural Fiesp – 2018). Na televisão atuou em “Pedra sobre Pedra”, “Rei do gado”, minissérie “Maysa”, “Viver a Vida”, “Em família”, entre outros projetos.
Ficha Técnica:
Texto e atuação: Marcello Airoldi
Direção: Nelson Baskerville
Participação especial em OFF: Cida Moreira
Direção de Movimento: Cristiano Karnas
Desenho de luz: Aline Santini
Trilha Sonora: Enrico Airoldi/Marcello Airoldi/ Nelson Baskerville
Figurino: Marichilene Artisevskis
Cenotécnico: Antonio Theodoro Sasso Jr
Operação de Luz: Pajeú Oliveira
Operação de Som: Val Oliveira
Fotos: Priscila Prade
Assessoria de imprensa: Morente Forte Comunicações
Direção de Produção: Carolina Parra
Realização: MAPA- Marcello Airoldi Produções Artísticas e Teatro de Perto
Espaço dos Parlapatões (98 lugares)
Praça Franklin Roosevelt, 158
Informações: 3258-4449
Bilheteria: Terça a quinta das 16h as 21h; sexta e sábado 16h a meia-noite, domingo 16h às 20h. Formas de Pagamento: Dinheiro e todos os cartões de débito e crédito. Não aceita cheque. Estacionamento credenciado: Garagem Imeri (Franklin Rooselvelt, 194). Lanchonete, ar-condicionado e acesso para pessoas com deficiência.
https://bileto.sympla.com.br/event/62831/
Terças às 21h
Ingressos: R$ 50
Duração: 60 minutos
Recomendação: 16 anos
Gênero: monólogo
Estreou dia 11 de abril de 2019 no Sesc Pompeia
Curta Temporada: dia 05 de novembro até dia 26 de novembro